domingo, 16 de outubro de 2011

"Chega de saudade..."

(Trilha sonora: http://www.youtube.com/watch?v=nLJeUMPvKxs)

Sam...

Cá estou eu novamente a te falar das inconstâncias do meu pobre coração, que se vê perdido a procurar ouvir as batidas do teu se aproximando. Me sinto um pouco mais melancólica que de costume hoje. Talvez por ser domingo (e domingos me causam uma angústia inexplicável). Ou talvez seja o excesso de informações semi-inúteis na minha mente (na tentativa sempre frustrada de que elas possam substituir, nem que seja por milésimos de segundo, as lembranças doces dos nossos momentos). Mas acho que é só saudade mesmo.

E por aqui uma voz estranhamente bonita canta: “... e diz a ela que sem ela não pode ser”. E eu acompanho em coro cada letra, cada palavra, cada acorde e a melodia desse hino ao fim do sentimento mais temido dos amantes apaixonados. É saudade! É só saudade! A gente sempre sobrevive, aos trancos e barrancos, chorando, sofrendo, descabelando. Mas não, ninguém morre de saudade.

Não morro eu, você também não, nem Vinicius nem Tom. Esperamos sempre a coisa linda, a coisa louca e, com ela, os milhões de abraços apertados, colados, calados. Por que essa é a parte boa da saudade, não? O encontro tão esperado, olhares brilhando, as quatro mãos trêmulas a se buscar, a respiração ofegante e o coração acelerado. E, de repente, a gente se esquece de tudo: dor, melancolia, solidão, tristeza, orgulho e até dela, a tal da saudade... Chega de saudade!


Cheia de saudade,

C.

16 de outubro de 2011

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