quinta-feira, 6 de outubro de 2011

05 de outubro de 2011

Dessa vez, era para ser sobre cheiro de páginas escritas. Talvez exista nelas o néctar de uma dor pressentida ou quem sabe apenas um refúgio singelo de quem gostaríamos de ser. E somos.

Nas retas pautas e manchas de tinta, borramos os contextos e reformulamos caminhos. É só fazer de conta que escolhi a palavra certa para as lembranças que também são minhas. Presentes, reais, palpáveis como bichinhos desenhados em nuvens.

Os tempos não são trocados, nem os nomes. Tudo é perfeita e cuidadosamente criado para ser lido, sentido, sofrido, rasgado, queimado ou deixado de lado como quem cochila na segunda página, mas elas estarão lá, nunca mais em branco.

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