segunda-feira, 10 de outubro de 2011

10 de outubro de 2011

Olá C.


Não, eu não vou mentir pra você. Não vou dizer que meus olhos não paralisam nos teus lábios imaginando os teus beijos. Não vou mentir dizendo que não foi de propósito que nos esbarramos sob a mesa, nem que o suor das minhas mãos não tinha a ver com o fato de elas estarem sempre a sua procura. Não, eu não vou mentir pra você.

Também não vou mais mentir pra mim, dizer que o nosso encontro foi só um acaso. Não vou mais pensar que nossa história serve apenas para florir páginas das cartas que trocamos, nem vou me contentar em te ter somente nos meus sonhos ou nas lembranças das coisas que não fizemos juntas.

Não, eu não vou imaginar teu toque em outros. Não vou fingir que está tudo bem, não estará sem você. E não vou deixar de te procurar em mim, nos meus tremores, no ar que, certamente, não trará teu cheiro.

Não quero mais esse vazio, não quero ter que ensaiar abraços pra te dar. São teus!

Não, por favor, não me peça pra mentir, eu não quero. Não quero mentir, não quero fugir, não quero mais fingir, nem me iludir que não me incomodam todos os espaços sem você. Sinto tua falta... o tempo todo.

E sim, me caso com você. Por mais improvável que isso pareça agora, me casarei com você. E quando isso acontecer, certamente já teremos sido felizes para sempre.
Sua, Sam.

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