quinta-feira, 24 de maio de 2012

24 de maio de 2012


Ei, Sam

Passei o dia todo pensando numa forma de te dizer alguma coisa. Me libertar da angústia de um silêncio que passei a desconhecer depois de descobrir como é bom te fazer me entender um pouco mais e de uma maneira tão unicamente nossa. Poderia ter sido uma música, uma poesia, uma historinha. Mas aqui estou eu... papel, caneta e a sensação de reviver, um a um, nossos tantos momentos em cada palavra rabiscada.
E sabe quando, quase brincando, eu te falei sobre pontos energéticos? Parece que foi ontem, não? E mesmo depois de olhar pra trás e ver que o tempo passou; mesmo entre tantas angústias e com toda magia que existe em tudo que de alguma forma nos toca, você ainda queima em mim, pulsa em cada pedacinho meu. E aí aquela sensação de que o resto do mundo é pequeno demais diante do que a gente se tornou.
Enfim... Era isso que me sufocava quando disquei seu número de madrugada. Foi isso que estava engasgado e que foi deliberadamente resumido num “eu te amo” quase inaudível.
Queria te entregar esse papel bem do jeito que o vejo agora, com palavras rabiscadas nas margens, tudo aparentemente sem sentido — nossas entrelinhas. Colocaria num envelope com desenhos de corações e enrolado num laço vermelho, mas você ia achar brega demais, não? :p
Melhor não. Deixo aqui no nosso cantinho e espero que chegue logo até você.

Com muito amor e muita breguice,
C.