terça-feira, 20 de dezembro de 2011

20 de dezembro de 2011

Querida C.


Você se despede e tudo simplesmente fica cinza. Fico meio atrapalhada sem saber o que fazer das horas.

Talvez eu tenha todas as palavras nas frases prontas, mas eu não sei o que fazer. Ando zonza pela casa, vagando sem entender bem o que não tem mesmo explicação; te procuro atordoada com minhas lembranças e percebo o tamanho do vazio que tem na minha sala sem a luz dos teus olhos.

Ausente qualquer bela canção, qualquer brincadeira boba. Eu agora não encontro tuas mãos nem para brincar com teus dedos e eu precisava de um abraço, sentir teu toque acalentando meu suspiro de saudade.

Cinza. Mas se tinge de vermelho, como o céu desse lado da cidade, como as outras horas e o desejo que me levam até você.

Tudo parece meio vazio, certamente, nem a carta vai conseguir falar de tudo o que eu queria gritar aqui da janela, mas é mesmo triste, é vazio, frio. E só. O resto acho que você consegue entender.
Com amor, Sam.

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