terça-feira, 8 de novembro de 2011

08 de novembro de 2011

Querida, C.

É tanta falta, e agora, tanta lembrança. Tanta coisa aqui passeando entre o passado, o futuro, o sonho e a promessa. Já nem sei mais onde acaba o que fui e onde começo a ser quem me tornei depois de ter você.

As madrugadas não têm mais o mesmo tom e as manhãs também mudaram de sabor, como mudaram de sabor os risos, os beijos e mudaram de cor os dias, os olhos...

Tudo passou a ter outro sentido depois de você, depois dos teus olhos, depois dos teus lábios, depois que respiramos juntas, depois que a vida ao teu lado passou a durar mais que segundos.

Agora olho em volta e tudo é você. Se fecho os olhos, é o teu cheiro que invade o meu quarto; se saio correndo, é você quem segura minha mão; se me atiro num precipício, é teu o abraço lá embaixo...

E é tanta coisa aqui calada, gritando, pulsando, me maltratando que tudo o que consigo é morar em silêncio num abraço teu ou no poço do teu olhar que me suplica os mais belos gestos. Aqui sou mais feliz, aqui sou mais eu, aqui sou de você.

Acho que demorei tanto tempo pra te escrever de novo por medo. Medo de que essas coisas todas que sinto atrapalhassem as palavras e eu não conseguisse dizer nada e medo de dizer tudo o que sinto e você me achasse mesmo atrapalhada. Tudo bem, eu não estou mesmo sendo muito clara, mas talvez nem precise, acho que entenderia tudo se eu apenas desenhasse um coração e endereçasse a você, mas aí, resolvi escrever e estou aqui dando voltas e voltas e ainda me falta coragem.

Tudo bem. Eu volto para a ideia do desenho...
Love, Sam.

Um comentário:

Cust disse...

Olá, Sam! Recebi seu coração e te prometo, mais uma vez, cuidar dele com todo o carinho que existe em mim. E espero que eu tenha muuuito mesmo... sei o quanto você é exigente! :p