quinta-feira, 10 de novembro de 2011

10 de novembro de 2011

Olá, Sam

Estava com saudade das suas palavras, do seu jeito de me dizer coisas e fazer tremer cada pedacinho meu. Estava ansiosa para te ler e agora mais ainda para te escrever. E é verdade, agora as lembranças fazem parte de tudo e estão por toda parte... cada segundo do meu dia é preenchido com alguma frase, imagem, brincadeira. Nem dos meus carneirinhos você se afasta mais. As lembranças agora são minhas, são nossas.

Não tem como ser de outro jeito e eu nem quero isso. É bom te ter aqui comigo o tempo todo, é quente, é terno e quase real. É bom te sentir dilacerar meu peito e, ainda assim, saber que só você me traz a paz de um abraço quente e de um olhar lindo. E é como se as horas passassem e me trouxesse um pouco de você. Como se cada vez mais você ocupasse uma parte maior do meu coração, que já nem cabe mais em mim. Me sinto, cada vez mais, transbordar e me derramar em você como uma chuva de verão. Cada parte que me falta de mim, cada parte que entrego a você, se separa de mim para encontrar um melhor lugar nos teus braços. E é como se já nem precisasse mais de mim...


Saudade...

C

terça-feira, 8 de novembro de 2011

08 de novembro de 2011

Querida, C.

É tanta falta, e agora, tanta lembrança. Tanta coisa aqui passeando entre o passado, o futuro, o sonho e a promessa. Já nem sei mais onde acaba o que fui e onde começo a ser quem me tornei depois de ter você.

As madrugadas não têm mais o mesmo tom e as manhãs também mudaram de sabor, como mudaram de sabor os risos, os beijos e mudaram de cor os dias, os olhos...

Tudo passou a ter outro sentido depois de você, depois dos teus olhos, depois dos teus lábios, depois que respiramos juntas, depois que a vida ao teu lado passou a durar mais que segundos.

Agora olho em volta e tudo é você. Se fecho os olhos, é o teu cheiro que invade o meu quarto; se saio correndo, é você quem segura minha mão; se me atiro num precipício, é teu o abraço lá embaixo...

E é tanta coisa aqui calada, gritando, pulsando, me maltratando que tudo o que consigo é morar em silêncio num abraço teu ou no poço do teu olhar que me suplica os mais belos gestos. Aqui sou mais feliz, aqui sou mais eu, aqui sou de você.

Acho que demorei tanto tempo pra te escrever de novo por medo. Medo de que essas coisas todas que sinto atrapalhassem as palavras e eu não conseguisse dizer nada e medo de dizer tudo o que sinto e você me achasse mesmo atrapalhada. Tudo bem, eu não estou mesmo sendo muito clara, mas talvez nem precise, acho que entenderia tudo se eu apenas desenhasse um coração e endereçasse a você, mas aí, resolvi escrever e estou aqui dando voltas e voltas e ainda me falta coragem.

Tudo bem. Eu volto para a ideia do desenho...
Love, Sam.